CAROS AMIGOS

A chegada da temporada tirou todo tempo livre que eu tinha para escrever. Qualquer acontecimento marcante na Almada ou região será registrado com maior prazer, mas no momento ta difícil.
Aproveito a oportunidade para desejar um feliz natal e um ano novo cheio de realizações a todos.


Atenciosamente

Fernando Florindo

NOTA DE FALECIMENTO

Faleceu no ultimo domingo dia 14 de dezembro de 2008, vitima de um câncer aos 58 anos, Luiz Carlos Pereira.
Luiz Carlos veio com a família para morar na Praia da Almada na década de 80 e construiu um bar na Praia do Engenho que por muitos anos recebeu os turistas e amigos com boa música e muita simpatia. Amigo de todos na praia, foi um dos fundadores da Associação de Moradores sempre com boas idéias e com espírito colaborador nunca negou ajuda a quem precisasse.
Luiz vai estar sempre na lembrança de todos nas histórias que gostava de contar nos fins de tarde no seu bar.

HISTORIA TRISTE

Praia da Almada- anos 70

Quando conheceu a praia da Almada Sr Abanel, um homem com quase cinqüenta anos e vindo da Espanha, poderia comprar qualquer área a beira mar. Preferiu a Ponta da Espia, no lado esquerdo da Almada para quem olha para o mar. Construiu uma casa com vista privilegiada para as praias Lança Cavala, Engenho e Almada.
Ainda não havia estrada até Almada, somente a Rio-Santos. Abanel e sua esposa Pipita, vinham de carro até Ubatumirim e eram trazidos de canoa até a Almada pelo falecido pescador Altivo Salomão.
Constantemente eram vistos por moradores na canoa de seu Altivo. Passado algum tempo o pescador passou a trazer somente dona Pipita que ficava na casa alguns dias e voltava para São Paulo.
O dia estava quase acabando e alguns moradores jogavam futebol na praia quando avistaram uma mulher alta, magra e loira chegando na praia pela trilha. Reconheceram Dona Pipita que passou pelos jogadores e não falou com ninguém. De cabeça baixa levando somente uma sacola na mão seguiu em direção a sua casa.
Ao chegar foi recepcionada pelos vizinhos e pela família do caseiro. Uma das filhas do caseiro se propôs a lhe fazer companhia como sempre fazia nas vezes em que vinha sozinha.
Naquela noite ela disse que não precisava e que preferia dormir sozinha. O dia amanheceu o sol esquentou e dona Pipita não apareceu na casa do caseiro para o café e contar as novidades. Após muita espera resolveram ir até a casa da mulher mas ninguém atendia aos chamados. Decidiram arrombar a porta. Depararam com uma mulher estirada na cama com um tiro na cabeça e um revolver com varias cápsulas intactas ao seu lado.
As noticias que correram no bairro era que seu marido a traia e era esse o motivo do suicídio.
Após o acontecido seu Abanel vendeu suas terras e nunca mais foi visto por estas bandas.

GERSON FLORINDO - MANSAGEM DE NATAL

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FRASE

"O segredo não é correr atrás das borboletas. E sim cuidar do jardim para que elas venham até você."

O VENDEDOR DE REDES

Anos 70

Seo Sirilo morou na Praia Brava da Almada a vida toda. Como vários moradores desta região, vendeu suas terras em troca de conforto na cidade. Era caiçara e conhecia o oficio da pesca como ninguém.
Já aposentado, morando no centro da cidade e com problemas na vista, passava horas sentado na varanda observando, não o mar, mas o transito de pessoas e carros.
Certo dia passou na sua rua vindo do Nordeste um vendedor de redes de balanço e perguntou ao morador se gostaria de comprar redes. Seo Sirilo sem enxergar muito bem respondeu: Vendi minhas canoas há muito tempo na praia da Almada, não mexo mais com rede!
O homem com os ombros cheios de redes olhou pro velho sem entender nada, agradeceu e seguiu adiante.

TEMPORADA

Mais um ano se passou e a tão esperada temporada esta de volta. Lembro como se fosse ontem das pessoas reunidas na praia para a festa de Reveillon.
O momento é de preparação para receber o turista que vem de todos os estados brasileiros. Com a alta do dólar acredita-se que o numero de visitantes seja maior nessa temporada.
O número de habitantes nas cidades litorâneas triplica. Há filas para tudo, posto de gasolina, açougue, bancos... No caso dos bancos só aumentam.
Este é o modelo de turismo das principais cidades brasileiras. Verão muito quente, férias escolares e festas, são os atrativos que lotam cidades em apenas três meses do ano.
O ideal seria um fluxo menor e constante de turistas durante o ano todo, ainda que somente nos finais de semana. Todos sairiam ganhando. O turista seria mais bem atendido no comércio, facilidade no estacionamento, pousadas e não haveria disputa por espaço nas praias e nem a eterna fila de carros nas estradas de acesso ao litoral.
Os comerciantes ganhariam o ano inteiro. Os empregos deixariam de ser temporários. Com menos gente, a qualidade do atendimento melhora, há mais tempo para o turista.
Isso seria o ideal para as cidades turísticas. Difícil é convencer o turista a vir para a praia nos meses de abril, maio e junho. Um calendário cultural poderia atrair o proprietário de casas de veraneio e visitantes a Ubatuba nos meses de baixa temporada. É preciso encantar o turista e depois de tantos anos, ainda estamos à procura da fórmula perfeita.

FUTEBOL- FIM DE TARDE NA ALMADA

DIA DO PESCADOR

Os peixes











Mais peixes



Claudionor rumo a baia de Ubatumirim







Foram capturados pelos pescadores da Almada mais de duzentos quilos de Olhudos na noite de ontem. Chefiados por Claudionor, os pescadores saíram antes do anoitecer em duas canoas para pesca de tróia na baia do Ubatumirim.
Esta espécie de peixe é um parente próximo do Xaréu. Muito apreciado pelos caiçaras no azul marinho e pode ser preparado também frito ou assado.
Os moradores estavam ansiosos para ver a chegada dos pescadores que retornaram por volta das nove da noite. Muita gente compareceu para ajudar a desmalhar os peixes e garantir o almoço. Como dizem os pescadores. “Quando a pesca é boa não falta camarada para ajudar”.

BINGO

Praia da Almada - inicio dos anos 90

O professor da Almada fez um bingo para arrecadar fundos para a escolinha. Carteiras escolares, lonas e globo de bingo foram instalados no meio da praia do Engenho.
Foi um dia muito animado, como não havia microfone os números eram cantados na garganta e as pessoas revezavam para cantar as pedras.
Dentre as varias pessoas que se apresentaram para cantar o bingo estava Patrícia, menina bonita que vinha passar férias na Almada.
Após cantar varias pedras, Patrícia se enganou e se desculpou em voz alta: Aconteceu um equivoco aqui! Os moradores que sabiam o significado, mas não estavam acostumados com a palavra comentaram entre si: Hum equivoco heim! Ta gastando! Patrícia que ouviu os comentários falou em foz mais alto ainda. Pra quem não sabe equivoco é engano viu? Os moradores agora em coro gritaram: Hum engano heim!
O Russo assumiu o posto de cantador de pedras na hora do melhor premio e botou ordem na casa. Zilanda estava ao seu lado muito concentrada e a cada pedra cantada ela dizia: Não tenho! De tanto ouvir as palavras não tenho, Russo falou sem querer. Você não tem, mas os outros tem!

LARANJA LIMA

Praia da Almada -anos 80

Jordão era o único morador da Almada que tinha em seu quintal um pé de laranja lima. Sempre muito cuidadoso com a arvore Jordão não deixava ninguém mexer nos frutos até que estivessem todos maduros.
Por morar na beira da estrada seu quintal era observado por todos, inclusive por nós adolescentes e travessos.
Foi num final de tarde após o futebol que tivemos a idéia de desfrutar sem permissão das frutas do seu Jordão.
Fazia parte do combinado Renato, Gerson, eu e o Adelson, este de apelido Paquinha, era o mais temido e arruaceiro do bairro. No bom sentido é claro!
Já era quase noite e rumamos estrada acima em direção a casa do Jordão. Enquanto caminhávamos íamos planejando a maneira mais eficaz de pegar as cobiçadas frutas sem sermos notado.
Paquinha o terrível, esqueceu o combinado e foi o primeiro a subir na laranjeira. Pegou a camisa amarrou as mangas junto com a gola para fazer saco, encheu de frutas e desceu para a estrada. Em seguida fomos nós. Tiramos a camisa e subimos na fruteira. Quando todos estavam na laranjeira, Paquinha que já tinha a camisa cheia e muito amigo começa a gritar: Jordão, acorda que ta cheio de gente roubando a suas limas!!!
Foi uma correria geral. Quem estava com a camisa quase cheia, largou tudo e saiu correndo.
Encontramo-nos na estrada e fizemos Paquinha dividir as frutas igualmente com todos.

PIADA

Fazenda

Um argentino, um árabe e um indiano estavam viajando. Quando estava escurecendo, eles encontraram uma casinha no meio de uma fazenda e resolveram pedir para dormir uma noite lá.Chegando na casa, eles pediram ao fazendeiro se podiam descansar esta noite em sua casa para seguir viagem no dia seguinte. O fazendeiro respondeu:- Claro, mas só tem um problema, aqui em casa só tem mais dois lugares, um vai ter que dormir no celeiro.O indiano, sendo de um povo simples, falou:- Pode deixar comigo, eu já sou acostumado a viver na sujeira.E então lá foi o indiano dormir no celeiro.Dez minutos depois, alguém bate na porta da casa. Era o indiano que disse:- Olha, o senhor vai me desculpar, mas lá no celeiro há uma vaca, e as vacas são sagradas em nosso país, sendo assim, não poderei dormir lá está noite.Então o árabe, muto solidário se ofereceu para dormir no lugar do indiano.Após 10 minutos, batem à porta novamente. Era o árabe que foi falando:- O senhor irá me desculpar também, lá no celeiro há um porco, e no meu país, porcos são animais do diabo, então não poderei dormir lá também.Quando o argentino ouviu isso foi logo fazendo cara feia e falou em um grande mal humor:- Tá bom, tá bom, eu vou.E seguiu para o celeiro. Porém, 5 minutos após, batem à porta novamente. Era a vaca e o porco!!!

FESTA DE ARROMBA

O Restaurante Jangada na praia da Almada foi palco de uma festa que adentrou a madrugada, desagradando os moradores da Almada no ultimo sábado.
Aproximadamente cento e cinqüenta pessoas estiveram no Restaurante para uma festa que juntou musica eletrônica em volume alto, pessoas alcoolizadas e muita baderna.
Ao lado do restaurante moram Seu Dico, Dona Benedita e Dona Luzia, todos com mais de setenta anos de idade.
Os moradores do bairro ficaram indignados com a falta de respeito e chamaram a policia mais de cinco vezes, que não compareceu ao local.
Nossa preocupação sempre foi manter a praia preservada para moradores e turistas em busca de tranqüilidade e qualidade de vida. Na praia os únicos eventos a noite que tem aval da comunidade é o Festival do Camarão e a festa de Reveillon.
Eventos como esse, não é bem visto pelos moradores, porque além de perturbar o sono, é um convite para pessoas com hábitos não recomendáveis para um ambiente familiar. Na ocasião da festa, moradores viram pessoas se sentindo a vontade para fumar maconha na praia.
A Associação de Moradores foi comunicada da festa e permitiu a sua realização. Resta saber se os moradores foram consultados. Se houve autorização faltou definir regras como horário para parar o som e proibir o uso de drogas.

MAIS FOTOS

Passando a mão na bunda da Baiana - Salvador

Elevador Lacerda - Salvador
Pelourinho - Salvador

Jorge Amado e Eu em Ilheus

Protegido pelo Cristo - Ilheus

FINALMENTE SALVADOR

Pescadores puxam rede na praia de Amarelina a 3Km de Salvador

Farol da Barra

Vista do Elevador Lacerda

Abraço na baiana no Pelourinho, minimo de 5 reais

Capela no Pelourinho, muito ouro por dentro

Eu no Elevador Lacerda

RUMO A SALVADOR 5º DIA

Eu, na travessia a Morro de São Paulo

Pier principal de Morro de São Paulo

Tati a garçonete simpatica junto com o amigo Gedeval, em Morro de São Paulo

Uma das várias Praias de Morro de São Paulo

Sol, muito sol!!!!

RUMO A SALVADOR 4º DIA

Baiana pesca no rio em Itacaré

Praia BA

Praia de Tiririca - Itacaré - Palco dos campeonatos de surfe

Praia da Ribeira - Itacaré

Camamu Ba - a 20 km do mar

RUMO A BAHIA 3º DIA

Companheiro de viagem Baiano, saboreando Guaiamum na praia de Canavieiras BA



Ilheus BA


Prainha - Municipio de Valença BA











Praia de Canavieiras BA










Coqueiro BA







Iemanjá no cais do Porto de Canavieiras BA

Tomamos um belo café da manhã em Porto Seguro e antes das nove da manhã estávamos na estrada em direção a Ilhéus.
Uma parada em Canavieiras para o almoço e ver as belezas naturais daquele lugar foi a sugestão do amigo conhecedor do Nordeste.
Alem das belezas naturais á cidade é cuidada com muito carinho e nos mínimos detalhes. Conta ainda com um povo hospitaleiro e simpático. Uma estatua de iemanjá decora o cais do porto.
Ilhéus dispensa comentários. Como diz Caetano. É liiinda! Uma natureza exuberante juntamente com igrejas centenárias. A cidade assim como a maioria a beira mar, fica a beira de um rio. E diferente dos demais que já vi. Antes de chegar ao mar, faz uma curva dando um charme especial a cidade.
Hoje dormimos em Itabuna, interior da Bahia. Amanhã se tudo der certo, chegaremos ao destino final.

2º DIA - RUMO A BAHIA

Saímos de Marataízes no Espírito Santo pela manhã e anoitecemos em Porto Seguro. Não vai ser dessa vez que vou comer a famosa moqueca, a menos que troque o café da manhã por postas de peixe misturadas com dendê.
Nosso destino final é Salvador . Diz o Baiano que é lindo o lugar. Vou ter que conferir. Fazer o que?

Guarapari ES - lugar lindo

Indo em direção a Guarapari ES

Itaóca ES - nada de especial

Meu amigo Baiano

RUMO A BAHIA

Finalmente colocamos em pratica o projeto de viajar de carro até Morro de São Paulo na Bahia.
Acordei as cinco da manha, peguei meu carro e segui a Rio-Santos até a cidade de Itaguaí para encontrar meu amigo Baiano.
Velho conhecedor das estradas do Nordeste. Baiano, alem de ser uma boa companhia é capaz de dirigir por horas sem a necessidade de eu estar acordado.
Hoje andamos mais de seiscentos quilômetros na Rio-Santos. Avistamos o mar somente na saída do Rio de Janeiro, mais precisamente em Niterói. Os demais quilômetros eram criações de gado e plantações de cana de açúcar.
O encontro com o mar foi pouco antes do anoitecer numa cidade chamada Marataízes no Espírito Santos. Alugamos dois quartos numa pousada a beira mar, muito simpática, mas com muitos pernilongos. Amanhã seguiremos até Porto Seguro. Diz o Baiano que tem uma moqueca parecida com a minha lá. Vou conferir de perto.

Ponte

Rio Niterói

ENGENHO DE CACHAÇA

Os antigos moradores da Almada diziam que existia um engenho de cachaça há alguns metros da praia. A pequena produção era escoada pelo rio no canto direito da praia da Almada e, dizem ainda, que canoas de voga entravam rio adentro cheio de canas. Hoje o pequeno rio, mal molha os pés.
Em depoimento sempre sorridente, seu Leodoro, “in memorian”, contava que a pequena produção mal dava para ser vendida para a cidade e os moradores da região consumiam antes de serem levadas nas canoas.
Pra se ter idéia de tempo, Seu Leodoro não viu o engenho em funcionamento, apenas ouvia as histórias contadas por seu pai. Seu Leodoro faleceu em 2006 com setenta e dois anos.
Naquele tempo, a praia da Almada era conhecida como Praia do Engenho e vice versa.
Não se tem uma explicação para a troca dos nomes, mas prometo investigar.

REUNIÃO

PETROBRAS – PROJETO MEXILHÃO

A Petrobras convida todos os moradores de Ubatuba para reunião no dia dez de novembro de 2008 as oito e trinta no Colégio Anchieta. A pauta principal é a instalação da Plataforma Mexilhão, dutos, áreas de interferência, esclarecimento ao setor pesqueiro e outros.
Haverá vans e ônibus para o transporte dos moradores dos bairros saindo as sete horas.
Do lado Norte de Ubatuba estará saindo uma van do Camburi, outra da Almada e um ônibus da Vila da Picinguaba, o mesmo seguirá pegando os moradores das praias do Estaleiro, Sertão do Ubatumirim, Ubatumirim e Prumirim.
No lado sul da cidade um ônibus estará saindo as sete horas da manhã da Praia da Caçandoca e pegando os interessados nos demais bairros até o centro da cidade
É importante a participação de todos. Principalmente da área pesqueira, que de alguma forma será afetada pelo projeto.

DIA DO PEIXE

Praia da Almada - anos 90

Pescar tainha é a coisa que pescador artesanal mais gosta. É um desespero na praia quando os cardumes aparecem na baia. Quem está com o equipamento pronto sai na frente, quem não esta, apronta num minuto as redes, canoas, remos, companheiro, poita. Esta dada a largada atrás das cobiçadas pançudas, como são chamadas pelos caiçaras.
Já saí varias vezes para pescar tainha, mas esse não era dia do pescador. Saímos em duas canoas. Numa estava Seu Bié, um dos pescadores mais experientes da Almada que hoje mora na cidade e não pesca mais. Com ele seu fiel companheiro Carlinhos. Na outra eu e o Edinho, muita vontade de pescar e pouca experiência.
Ao chegar á baia, juntamos as canoas e as redes. Ficamos atentos para ver os pulos das tainhas. Não demorou mais que cinco minutos, um cardume se aproximou com sucessivos pulos. O silencio foi geral, a ordem para abrir a rede pertencia a Seu Bié. Ele esperou o momento exato e gritou cerca!
As canoas soltam as redes fazendo um cerco, indo uma de encontro á outra. Seu bié estava quase acabando e nós não saíamos do lugar. Os braços estavam doloridos, a canoa continuava cheia de redes, e continuávamos. Até que Seu Bié de longe gritou dizendo que as redes estavam presas na popa da canoa.
Tarde demais. Um cardume com mais de cinqüenta tainhas passou a nossa frente. Só olhamos e morrendo de vergonha fomos ao encontro do experiente pescador. Seu Bié não ficou zangado, até ficamos mais um pouco a fim de encontrar outro cardume, mas realmente não era dia do pescador.

PESCADORES - VILA DA PICINGUABA

SURFE - SUGESTÃO

É notável o crescimento do surfe no Brasil nos últimos anos. Os eventos são montados a beira da praia para realização dos torneios e grandes empresas de diversos segmentos estão colocando seu nome no palanque ou em grandes balões na praia. O investimento dos patrocinadores e da mídia é altíssimo.
Mesmo com as enormes estruturas tenho notado uma pequena falha nos equipamentos de som das competições. Não faço parte do grupo dos competidores, apenas acompanho as etapas que acontecem no Litoral Norte, Itamambuca e Maresias. Já tinha notado na etapa do Supersurf em Itamambuca, e agora no Onbongo Pro Surfing que as caixas de som ficam de frente para o mar. Entendo que os surfistas necessitam de informações, que a todo o momento são passadas com muita competência pelos locutores. Mas e o público consumidor que atende o apelo dos patrocinadores.
Na ultima etapa do Onbongo eu estava a menos de dez metros à direita do palco e não ouvia as informações passadas. Pessoas do meu lado estavam ansiosas para saber quem estava competindo. Víamos surfistas passarem à nossa frente, com camisetas amarelas, pretas e vermelhas, mas não sabíamos quem era.
Com a expansão das caixas de som, mesmo as pessoas que estão fora da área do evento, pode entender as regras do surfe. Uma maior exposição dos atletas faz a marca do patrocinador ser reconhecida.
Quem vai a uma competição quer torcer. No Surfe que as manobras acontecem longe da areia, se não ouvimos como vamos torcer?

MACACO CIDADÃO

Praia da Almada - anos 90



Jose Carlos era professor da escola da Almada, dava aulas para crianças de primeira a quarta serie da praia no final dos anos 90.
Enquanto morava na Almada o professor Jose Carlos era querido por todos e tinha idéias comunitárias. Levava o time da Almada para jogar em outras cidades. Realizou na praia do Engenho, a festa do chope que parou na segunda edição.
Na primeira edição o professor quis impressionar. Trouxe a principal banda de MPB da cidade, os irmãos Anselmo e Adler. Os dois vocalistas eram acompanhados de bateria, guitarra e baixo.
Foi uma noite maravilhosa. Palco e barracas foram montados na praia. Muitos turistas e moradores da cidade compareceram para prestigiar a 1ª noite do Chopp.
Os cantores estavam maravilhados. O publico cantava e dançava sucessos de Jorge Benjor, Tim Maia e Lulu Santos.
Na frente do palco um jovem ligeiramente alcoolizado ao mesmo tempo em que ouvia os antigos sucessos gritava desesperado para os músicos: Canta macaco! Canta macaco! De tanto gritar, um dos músicos parou o show, chamou o jovem e perguntou que macaco era esse. O rapaz mais tranqüilo falou agora em voz baixa. Macaco cidadão, musica do Skank.
O musico voltou ao palco falou ao irmão que deu um disfarçado sorriso e cantou Pacato Cidadão, um grande sucesso do Skank.

BAIRRO DA ALMADA

O bairro da Almada é formado por quatro praias. Brava da Almada, Lança Cavala, Engenho e Almada.
A Praia Brava é quase deserta. Fica dentro do parque estadual da serra do mar e mede aproximadamente trezentos metros com boas ondas para a prática de surf.
O Lança Cavala é bem pequena mede pouco mais de quarenta metros. Assim como a praia brava não tem acesso de carro, uma trilha de aproximadamente quinze minutos saindo da praia do Engenho é o único caminho. Outra opção é um passeio de caiaque saindo da praia da Almada.
A principal praia do bairro é a Almada. Onde se concentra o comércio, ponto de ônibus e estacionamentos no acesso principal do bairro. As casas de veraneio se concentram na Almada e Engenho e são muito procuradas por quem já conhece a praia. Nada como curtir este lugar do nascer ao por do sol e ainda poder sentar na praia para apreciar a noite, tomar o café da manhã de frente para o mar e não ter hora para ir embora.
Separada da Almada por um pequeno rochedo é na praia do Engenho que ficam as principais casas de moradores e turistas do bairro. Por não ter acesso a carros é muito menos povoada nos principais dias de verão.
Quem conhece volta. E quem mora aqui é feliz.

EXEMPLO

Esta lixeira fica na estrada de acesso á praia da Almada. Construída pelos proprietários da Pousada Casa Milá, atende aproximadamente dez famílias.
É um exemplo a ser seguido, construída com muito carinho e bom gosto.

ONBONGO PRO SURFING - FOTOS

Estrutura do evento

Mulheres, poucas mas...

Mas...

Competidor corre para mais uma bateria nesta manhã em Itamambuca

ONBONGO PRO SURFING - 2008

Teve inicio nesta terça feira, vinte e um de outubro um dos eventos mais tradicionais e importantes do calendário Sul-americano de surfe profissional, a etapa do WQS (divisão de acesso á elite do surfe mundial)
O local não poderia ser outro, Itamambuca, a mais famosa praia de surfe de Ubatuba e que pelo terceiro ano consecutivo recebe a etapa do mundial. É um dos maiores acontecimento da cidade que se intitula de capital do surfe
O evento vai até domingo dia vinte e seis, com inicio diariamente á partir das oito horas da manhã. São esperados mais de duzentos atletas de vinte paises.
A previsão é de sol para os próximos dias. Assim como no ano anterior, muita gente bonita estará circulando em todos os dias do evento.

CHOCOLATE BIS

Praia da Almada - início dos anos 80

Não sei em que ano foi inventado o chocolate Bis. Mas sei que a primeira vez que vi na Almada foi com a professora Alba no inicio dos anos oitenta.
Um grupo de crianças brincava quando dona Alba apareceu na praia. Todos correram para abraçá-la e dar boas vindas, tamanho o carinho que tínhamos por ela.
Estavam presentes naquele momento as meninas comportadas os meninos mais ou menos e os maiores não comportados.
A professora sugeriu que formássemos uma roda para contar versos. Pegou uma caixa de chocolate da bolsa e disse que quem contasse um versinho ganharia um Bis. Foi uma euforia total. As meninas foram as primeiras a declamar, sobrando poucos chocolates para os garotos.
Marcelo um morador recém chegado a Almada também queria declamar, mas não conhecia nenhum verso. Edinho resolveu ajuda-lo e fez um verso para o amigo. “Lá no alto daquele morro tem um velho gaioleiro, quando passa mulher bonita faz gaiola sem ponteiro”.
Tudo ensaiado Marcelo bastante nervoso e tímido como a maioria das crianças esperou sua vez. Concentrou-se soltou a voz: -Lá no alto daquele morro tem um velho “gaiorero”, e esqueceu o restante. Virou para traz e perguntou. Como é mesmo Edinho? Esqueci o resto! Após a consulta e muitas gargalhadas, Marcelo foi contemplado com um delicioso chocolate.
Restava um Bis, mas ninguém do grupo dos marmanjos se prontificou a declamar. A professora chamava quem seria o ultimo a contar um versinho e comer esse ultimo delicioso chocolate? Foi nessa hora que Tael, o mais sacana do grupo levantou-se, chegou de frente pro grupo e declamou: “ No alto daquele morro corre água de sabão, as meninas descem as roupas e os meninos passam a mão”.
Os marmanjos caíram na gargalhada, as meninas envergonhadas. E a professora foi embora com o ultimo Bis na caixa.

HORÁRIO DE VERÃO

Teve inicio a meia noite de sábado o horário de verão. Como já dizia nossa mãe, quem acorda cedo aproveita melhor o dia.
Com o dia maior, as tardes ganham ares de verão e o sol espera a noite chegar para desaparecer.
Aqui na Almada são os melhores dias do ano. O fim de tarde maravilhoso é um convite ao descanso e a contemplação. Convida-nos a sentar a beira da praia e contemplar um dos espetáculos mais bonitos da natureza. As cores do mar vão se alterando a medida que o sol se põe até assumir o prata e então vemos o sol desaparecer nas montanhas.
É comum turistas chegarem á praia pela manhã, e depois de almoçar sentar-se nas espreguiçadeiras para esperar o fim de tarde e ver o por do sol. Despreocupados com a hora porque enquanto há luz tem a ilusão de que ainda é cedo e assim curte melhor o seu dia na praia.
Mesmo para quem trabalha ainda sobra dia após o expediente. É possível aproveitar algumas horas para um passeio pela orla da praia e até sentar num quiosque para relaxar com os amigos. Quem se preocupa com o consumo de energia elétrica?

PRAIA NÃO CATALOGADA

Mais uma praia deve ser acrescentada entre as mais de cem de Ubatuba.
Entre Almada e Ubatumirim, chama-se Lanço do Robalo e mede aproximadamente vinte e cindo metros de comprimento na maré vazia. O local é freqüentado pelos pescadores da região em pescarias de Robalo, Pescadas e Corvinas. É um aquário natural e tartarugas podem ser avistadas diariamente.
Em consulta aos guias oficiais de praias da cidade nada consta sobre essa praia.
O acesso é somente pelo mar, um passeio de caiaque saindo da Almada é a dica.