segunda-feira, 30 de junho de 2008

O DIA QUE COMETI UMA INJUSTIÇA

Aconteceu na corrida de Canoas do Festival do Camarão da Almada. Era domingo á tarde, praia lotada, competidores á postos em suas canoas.
O mar estava ótimo, dia lindo, estava tudo pronto para o espetáculo. Na hora da largada todos os competidores saíram normalmente, somente o Edinho do Ubatumirim foi empurrado pelo seu primo Paulo, isso fez sair á frente dos demais, mais ou menos 2 metros.
Foi uma ótima corrida, do começo ao fim. Com alguns metros sobre os demais, Edinho ganhou, mas não levou. Naquele momento achei que o empurrão na largada tinha dado vantagem a ele.
Após refletir muito sobre a competição, cheguei á conclusão que ele realmente foi melhor, não foi aquele empurrão o motivo da vitória. Ele venceria de qualquer jeito.
Dias depois pedi desculpas, ele aceitou, mas nunca mais voltou a correr na Almada.

PESCA DA TAINHA



Pescada na baia da Fazenda, estas tainhas fizeram a alegria de Claudionor Florindo. Pescador experiente, raramente volta á praia sem peixe. Está entre os mais competentes da Almada. Chega passar a noite numa canoa, até encontrar o peixe, quando encontra não perdoa. É questão de honra chegar á praia com peixe, diz ele.

RENATO TEIXEIRA E FILHOS- ENCERRAMENTO DA 85° FESTA DE SÃO PEDRO PESCADOR EM UBATUBA




quinta-feira, 26 de junho de 2008

DIÁLOGO

Diálogo entre meu filho e a irmã adolescente

_ Bárbara pega um pouco de água pra mim beber?
_ Não para mim beber, é para eu beber!!
_Aproveita e pega um pouco pra mim também!!!

BARCO DE PESCA



Um ano e três meses de construção, foi o tempo que Dito Henrique levou para construir o barco. Ele já morou na Praia da Almada e hoje mora na cidade.
O barco foi construído aqui na beira da praia sob os olhos atentos de todos que a cada dia conferiam o progresso do projeto.
E enfim já pode ir pra água.
De propriedade de Claudionor Florindo de Souza, caiçara e pescador. Em toda a historia da Almada foi o segundo barco construído no local.
O primeiro foi a mais de 40 anos, Construído pelo caiçara Careca, chamava-se Mar da Galiléia, teve uma vida curta, ficou somente um dia no mar. Naufragou no ancoradouro e foi trazido a praia de onde nunca mais saiu.

ESTACIONAMENTO DA SABA

Até hoje a área do estacionamento da Sociedade Amigos do Bairro da Almada é cobiçada por muitos que sonham em ter um lugar à beira mar. Foram muitas tentativas de invasão, todas barradas com pulso firme pelos representantes da SABA.
Já houve propostas feitas, até mesmo por pessoas da própria comunidade, de caráter duvidoso, é claro.
Aquela é uma área útil e necessária à comunidade. É o acesso que serve a todos, inclusive aos turistas que freqüentam a praia.
Hoje em dia a área é usada também para realização do Festival do Camarão, que neste ano comemora-se quinze anos. Das 14 edições anteriores, 07 foram organizadas e administradas pela SABA sob o meu comando e do Aguinaldo, meu primo e sócio.Nas demais, participamos como membros da diretoria.
Construímos 06 banheiros, uma lixeira comunitária, uma guarita para organização do estacionamento e estruturas para festa, como exemplo, fossas, encanamentos e padrão de luz.
Agora, como simples colaborador da SABA, quero crer que os interesses da comunidade continuarão a ser protegidos de pessoas mal intencionadas.
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terça-feira, 24 de junho de 2008

E VIVA SÃO JOÃO

O santo festeiro mais animado da temporada. São João é, sem dúvida a data mais comemorada no Brasil. No Nordeste são montadas estruturas gigantescas de festa onde as pessoas se divertem no mais gostoso Forró. E as comidinhas que são oferecidas nesta data. Bolo de milho, canjica, pé de moleque, doce de abóbora, arroz doce, tapioca. Quer mais? Tem até doce que a gente não sabe o nome.
E o povo dança as quadrilhas coloridas e animadas por todos os cantos do país.
Não tem um cantinho deste Brasil que não esteja reunido hoje, em volta de uma fogueira saboreando um quentão ou vinho quente.
Pátios coloridos enfeitados de bandeirinhas e iluminados pelos fogos de artifício.
Se o Natal reúne as famílias, São João reúne os povos.

ACONTECEU NA PICINGUABA

Isso foi nos anos 80. Mané é um homem de Deus, vive até hoje na Vila da Picinguaba. Pessoa que seque a religião como manda a bíblia. Nessa época estava chegando a televisão na vila. Ele não queria o aparelho em sua casa, dizia que era coisa do demônio. Acabaram comprando por determinação dos demais membros da família, ele a todo tempo dizia que aquilo não pertencia a Deus.
Um dia após comer uma Anchova fresca no Almoço, Mane encostou-se no sofá da sala e cochilou. Seu sobrinho passou pela sala e ligou o aparelho. Mane acordou assustado no momento em que uma propaganda falava entre outras palavras: Mane, sai dessa sala amigo!!! Vai fazer alguma coisa!!!
Mane achou que o aparelho estava falando com ele e não teve duvida, arrancou o fio da tomada e jogou o aparelho do demônio morro abaixo.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Ô VIDA BOA

Passei boa parte da minha juventude praticando surfe. Sem precisar dividir praia, sol, muito menos onda com ninguém.
“Eu não trabalhava, eu não sabia, não criava, também não destruía”. Como diriam os Titãs. Destruía sim, as ondas da Praia Brava da Almada, a 15 minutos de casa.
Acordava, tomava café reforçado com ovos e farinha de mandioca, pegava a prancha e a camiseta. Estava pronto o kit surfe, parafina era a vela derretida. Depois de pingar vela na prancha, pegava um pedaço de madeira com ponta fina para raspar onde era colocado o pé. Nem precisa dizer porquê não tinha parafina, não trabalhava então não tinha grana pra comprar.
Estava pronto para mais um dia de surfe, protetor solar, nunca lembrava, não tinha mesmo pra passar. Hoje, meu rosto, mostra pés de galinha fruto dos dias de sol escaldante daqueles anos de surfe. Mas foram os melhores anos da minha vida. Vida sem responsabilidade, sem filho, sem contas, funcionários, cachorro...
Passava o dia todo na água, na hora da fome recorria ao famoso abricó, fruto muito apreciado pelos animais, mas pouco apreciado pelos humanos. Antes de comer abricó passava na casa do Dinga e do seu Mandico, onde sempre tinha banana madura. Eles já sabiam o motivo da visita. O Dinga se fazia de desentendido, só para ver minha reação. Depois pegava uma penca de banana nanica e colocava em cima de uma bancada que até hoje guarda as louças da casa. Não precisava falar duas vezes, já sabia que era para mim, falava obrigado e estava pronto o almoço.
Após o almoço lá estava eu na água, sozinho pegando as melhores ondas em uma das melhores e mais bonitas praias de Ubatuba. Só voltava pra casa no fim da tarde, isso porque tinha o tradicional futebol de areia entre os moradores da Almada, ainda tem. Jogava-se até anoitecer. Após o jogo tinha o papo com os amigos, regado à cerveja gelada.
Consertar a prancha foi uma das coisas que tive que aprender nessa minha jornada de surfista, não foi muito difícil. Conheci Augusto Mota, dono da HIDROFLEX, ele entendeu a dificuldade em trazer a prancha para a cidade e me ensinou todos os macetes do conserto. Ainda me deu todo o material. Saí dali maravilhado com o aprendizado e a gentileza do dono da fabrica, já que ele nunca havia me visto na vida.
Alguns anos depois, me arrisquei nas competições. Participei de duas, em uma, consegui passar três baterias, fiquei em 5º lugar. Já na outra não passei da primeira. Consegui um patrocínio para pagar as inscrições. Mas logo em seguida parei com o surfe.
Agora, no auge dos meus 34 anos, casado, com um filho pra criar, um bar na praia, comprei outra prancha, só usei duas vezes, ficou aqui por um bom tempo, acabei dando para um sobrinho da minha mulher, foi junto a ultima chance de voltar.

sábado, 21 de junho de 2008

PESCA E PASSEIO


BARCO PARA PESCA E PASSEIO.
CONTATOS COM CESAR
PESCADOR EXPERIENTE MORADOR DA ALMADA
12 81170257

sexta-feira, 20 de junho de 2008

CAIÇARAS GRAÇAS A DEUS

Tenho 34 anos, todos vividos aqui na Almada, Minha família está aqui há pelo menos quatro gerações. Conheço cada detalhe deste lugar, costumes, modo de vida, problemas e soluções.
Desde a fundação da SABA (Sociedade Amigos do Bairro da Almada) nossa família sempre esteve à frente. Primeiro foi a Cida minha irmã mais velha, depois o Russo, Gerson e eu. Em seguida veio o Agnaldo, meu primo e sócio. Sempre estivemos presentes na SABA, se não de presidente, de vice-presidente.
Enfrentamos diversos problemas. Desde ameaça de morte, processo judicial, denúncia no comercio, brigas, traições, e muito mais.
Mas em nenhum momento deixamos de trabalhar para fazer da Almada um lugar decente para se viver e criar nossos filhos. Simplificando o nosso ponto de vista, nós, literalmente fizemos foi cuidar do nosso quintal. Sim, porque foi assim que fomos criados, livres pela praia, aprendendo o oficio dos mais velhos, crescendo “caiçaras graças a Deus”.
Todos que aqui chegam dizem que moramos num paraíso, realmente moramos num paraíso, mas não quer dizer que não temos problemas. Somente com muito pulso firme conseguimos fazer da Almada um lugar com índice de roubo zero, sem drogas, malandragem e muito menos, anarquia. Mas é difícil manter os princípios caiçaras convivendo com novos valores morais e materiais que vêm junto com a abertura da estrada.
Existem bairros onde os moradores não se organizaram e problemas sérios apareceram, roubo, drogas, desvalorização dos imóveis, insegurança.
Aqui na Almada, hoje, uma pequena parcela da comunidade luta pelo seu bairro. Dá para contar nos dedos as pessoas que defendem com pulso forte a comunidade. Ainda assim conseguimos fazer da Almada esse lugar maravilhoso para viver.
Muitas pessoas que aqui vivem ou tem casa de veraneio enchem o peito para dizer que moram ou tem casa aqui, mas que em nenhum momento lutam para defender. Muitos moradores tradicionais não se envolvem na defesa do seu patrimônio, são os primeiros a esconder-se dentro de casa. Pois sabem que este pequeno grupo vai defender o lugar para eles.
Converso com pessoas de vários bairros, em todos vejo a mesma situação, uma minoria que defende uma comunidade inteira.
Já ouvi pessoas difamando esses lideres, falando que são encrenqueiros, que não é dessa forma que se resolve o problema.
A droga é um dos maiores problemas nestas praias onde o policiamento só chega se for chamado, os maconheiros acham que podem fumar em qualquer lugar, inclusive na praia. O que fazer? Fingir que não viu? Chamar a policia? Será que eles vêm? Aqui resolvemos assim. Primeiro pedimos educadamente, e, se não funciona , pegamos um grupo de moradores e fazemos apagar na hora.
Por esses e outros motivos somos encrenqueiros. Essas pessoas não entendem que se têm suas casas aqui e deixam os filhos na praia com tranqüilidade, é por que um pequeno grupo defende os direitos de todos.
Os conflitos entre os moradores também existe. Acostumados com a vida tranqüila acham que é preciso agradar a todos, receber bem o turista e deixar que ele faça o que quiser.

PROMESSA É DÚVIDA

Eu ainda era criança, mas lembro-me como se fosse ontem. Era um dia como outro qualquer na comunidade da Almada. Tempos de estrada ruim, sem luz elétrica, posto de saúde e campo de futebol. Com exceção de um desses problemas, os demais foram solucionados.
O candidato a vereador Djalma esteve aqui, nos prometeu que se eleito faria um campo de futebol. Foram os dias mais felizes da comunidade, fizemos campanha, distribuímos santinhos, convocamos nossa família para votar. Juntamos um grupo de moradores e chegamos medir a área da construção.
Ele ganhou, os anos passaram, até hoje Almada não tem campo de futebol.
O interessante disso tudo é que toda vez que olho para ele lembro-me perfeitamente daquele momento tão importante para nós, para ele não teve importância nenhuma, se depender do meu voto ele não se elege nunca mais, enganar criança é sacanagem!!!!!!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

FRASES

" O ser humano é o eterno insatisfeito"



"Errar é umano"

NÃO PULA QUE LEVA POITADA

Começa amanhã o inverno. Aqui já está bastante frio. É época da Tainha, peixe bastante apreciado por todos os pescadores da região. É normal ver nas praias pescadores olhando para o mar, a principio parecem olhando para o nada, mas estão de olho nos pulos das Tainhas. Quando estão em cardumes elas pulam, os pescadores sabem disso.
Saem desesperadamente para o mar com remos, redes e a poita. Aproximam-se do local do cardume, no próximo pulo esta cercada. Após o cerco, entra em cena a poita. Batem na água dentro do cerco, assustados saem desesperados indo de encontro com a rede.
Está pronto o almoço, dependendo da quantidade, das contas também.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

LIXEIRA ARTESANAL-BAMBU


Lixeira comfeccionada e patrocinada pelo Bar e Restaurante Almada.

A CAMINHO DE CASA

Moro na praia da Almada desde que nasci. Toda vez que pego a Rio - Santos sentido cidade (Ubatuba) fico impressionado com a beleza da estrada. Não me refiro a estrada em si, pois na maioria das vezes ela está esburacada. Refiro-me aos seus contornos. A mata Atlântica com sua imponência e arvores centenárias, que contornam toda serra do mar. Esta, que um dia já cobriu todo o estado de São Paulo e hoje se resume em um pequeno pedaço em nossa região.
Animais são vistos constantemente atravessando a estrada, Bicho-preguiça, Capivaras, Tatu e varias espécies que habitam a mata Atlântica.
Uma das coisas que aprendi a observar nesse trajeto é a cor do mar. Cada dia, cada hora do dia, está de uma cor, a luz do sol faz ficar esverdeado, azulado, prateado ou até mesmo numa cor próximo do marrom. Em dias de ressaca, quem olha na Praia do Felix vê o mar gigante, ao chegar na praia do Prumirim, separada apenas por uma costeira, o mar esta sereno e sem onda nenhuma.
Pode-se avistar varias praias, uma mais bela que a outra. É comum ver carros parados a beira da pista tirando fotos das paisagens, tem até aqueles que aproveitam o ar de romantismo para dar uma namoradinha à beira da estrada.
Chegando ao Prumurim, à beira da estrada tem a cachoeira de mesmo nome, é linda, vale a pena uma parada para conferir. Tem também, ali mesmo, do outro lado da estrada a Aldeia Boa Vista, onde os índios vendem artesanato feito pelas mulheres e crianças da aldeia.
Antes de chegar ao Puruba, em um ponto da estrada, parece que estamos na Amazônia, de tão complexa que é a vegetação. As chuvas também são constantes nesse lugar, culpa da serra, tão alta que não deixa a umidade passar e acaba transformando tudo em agua.

terça-feira, 17 de junho de 2008

PARU





Pescados nos meses de janeiro e fevereiro o Paru (foto) é um delicioso peixe. Pode ser feito ensopado e frito. Mas a melhor maneira de apreciar um Paru é assado, somente com sal grosso.
Um dos maiores pescadores de Paru da Almada é o Maneco. Seguido do seu filho Douglas eles pescam não só Paru mas varias espécies de peixes nas redondezas da Almada. Esta canoa com mais de 50 peixes foi pescado por eles na Lajinha. Lugar perto da ilha Redonda na baia do Ubatumirim.

SERTÃO DO UBATUMIRIM

Sertão do Ubatumirim


Estive no ultimo fim-de-semana no bairro do Sertão do Ubatumirim, lugar onde as
pessoas ainda vivem como antigamente. Casas sem muros, quintais com arvores frutíferas a espera dos pássaros que vêm trocar as frutas deliciosas por seu canto. Seus hábitos de vida pouco mudaram com a chegada do “tal progresso”, ainda podemos cruzar com pessoas andando a cavalo, carregando uma ferramenta para o trabalho na lavoura ou uma boa conversa entre vizinhos e familiares ao fim da tarde.
Local onde mora a família do “seo” Agricio, família centenária, com muitas histórias para contar. Na época da rebelião dos presos na Ilha Anchieta , em 1952, muitas famílias acolheram os fugitivos em suas casas dando abrigo e comida, colecionam daí algumas histórias.
Lugar de natureza bastante generosa, são inúmeras as cachoeiras, cada uma mais bonita que a outra, em destaque a cachoeira do Tombador, a 3,5 km da Escola municipal. Não é fácil encontra-la, mas uma boa conversa com os moradores é a dica para chegar lá e conferir a beleza daquele lugar. Vale lembrar que são estradas de terra, se for em carro baixo, como celta, palio ou outro do gênero é melhor parar aproximadamente a 1,5 da cachoeira do Tombador ,deixar a preguiça de lado e fazer o restante do percurso a pé, que também é um passeio maravilhoso, além de fazer muito bem a saúde e ao espírito. Nada como uma caminhada num lugar de natureza quase intocada, para no final encontrar uma das cachoeiras mais bonitas de Ubatuba, arrisco-me a falar que é a cachoeira mais bonita do Brasil.
O bairro tem como ponto base a escolinha e o ponto final de ônibus, onde termina a estrada asfaltada, distante a 3,5 km da Rio - Santos.
Existem ainda estradas sem asfalto que facilitam o transporte da banana, produto bastante cultivado por moradores do bairro. Para quem gosta do turismo de aventura, jipes e motos, o lugar também é especial, com direito a banho de cachoeira no final.
Como vários bairros de Ubatuba o Sertão do Ubatumirim também possui uma Associação de Moradores, presidida por Junior Inocêncio, nascido e criado no bairro, filho de Dona Madalena, enfermeira da comunidade.
É nessa comunidade que na primeira semana de julho realiza-se a Festa da Mandioca, nesse ano completa com muito sucesso a sua 8º edição. Cada ano a festa torna-se mais conhecida e já consta no calendário de eventos da cidade, envolvendo cada vez mais moradores na organização.
No bairro existe um Hotel Fazenda, casas para aluguel e bares, que servem o delicioso bolinho de mandioca com camarão, o mesmo que faz tanto sucesso na Festa da Mandioca.
Cada dia que passa o bairro está mais preparado para o turismo, um complemento a mais para as famílias que lá vivem.

INVERNO NA ALMADA


Foto da almada em dia classico de inverno, agua clara e fria.
Para apreciar sim, ja para entrar na agua!!!

CAMARÃO BRANCO

Os Pescadores da região Norte de Ubatuba, mais precisamente das praias do Estaleiro, Ubatumirim e Almada, estão acordando mais cedo nestes meses. O motivo é o tão cobiçado Camarão Branco, que nos meses de maio a julho aparecem na baia de Ubatumirim. Na pesca artesanal, em canoas a remo, os pescadores passam o dia todo indo e vindo à baia, embaixo de sol ou chuva aproveitando a temporada do Camarão Branco. Alguns levam água, comida e gelo, ficam o dia todo na canoa repetindo a ritual da pesca. São aproximadamente quarenta pescadores dos três bairros.
Outra comunidade que também exerce esse tipo de pesca é a Enseada, com numero grande de pescadores artesanais.
A pesca é feita usando redes de fundo, com malhas pequenas e finas, de 6 cm , considerada pouco predatória pois as tartarugas e peixes grandes não são capturados, a malha fina é facilmente rasgada,
As redes são lançadas ao mar pela manhã, ainda de madrugada e visitadas constantemente, em intervalos de hora em hora, quando são recolhidos os camarões capturados. Caso algum peixe não comestível seja capturado, são soltos ao mar ainda vivos.
Diferente das redes de arrasto que pegam tudo que tem no fundo do mar prensando no sacador da rede. A pesca com rede de fundo não maltrata o pescado, que vem vivo para a canoa , exigindo agilidade do pescador, para não perder o camarão na hora de puxar a rede. O camarões vêm enrolados na malha, e ficam quietos enquanto estão na água. Ao sair da água, pulam desesperadamente tentando escapar, daí a esperteza do pescador em pegar o camarão e coloca-los na canoa rapidamente.
Os dias de ressaca são os melhores para a pesca do camarão branco. Há registros de pescadores que conseguiram pegar mais de 15 kg de camarão em um só dia. Houve também pescador que conseguiu pegar mais de 5 kg em uma só visita, mas com o mar ruim, na hora de chegar à praia , virou a canoa e perdeu tudo.
A maioria da produção capturada é comprada pelos comerciantes da região garantindo a venda do produto ainda fresco. Com a produção em alta o preço tende a cair, favorecendo o consumidor que pode apreciar os mais saborosos pratos da culinária local a preços mais atrativos.

UMA PESCARIA DE GAROUPA

Na qualidade de filho, neto e bisneto de pescador, não poderia ser diferente, também sou pescador. Na verdade já fui mais, hoje menos ou quase nada. Certa vez fui pescar Garoupa com meu pai, ” tipo de pesca que nunca gostei”. A isca para pescar é Sardinha ou Bonito, com um detalhe, quanto mais podre melhor. O anzol usado é médio, que cabem aproximadamente 4 sardinhas.
Era o tipo de pesca que ele mais gostava. Ficava claro em seu semblante a satisfação em ancorar o barco a beira da costeira e ficar esperando a boa vontade do peixe. Eu tinha que acompanha-lo, pois era um humilde funcionário e filho obediente.
Um dia, estávamos pescando na Ilha da Pesca, a isca era bonito podre, tão podre que até corria uma gosma esverdeada. Eu na minha má vontade e ele na sua paciência de um Monge tibetano.
Para pescar garoupa tem alguns segredos, reservados somente aos bons. Os peixes pequenos e sem nenhum valor, tais como o Jaguareçá, o Sinhá Rosa e outro com uma boquinha vermelha que nem me lembro o nome, mas que não é vantagem nenhuma pescar, a todo momento beliscam a isca. Aí é que entra a paciência tibetana para deixar esses pequenos peixes avançarem sobre a isca, são eles que vão mostrar a Garoupa que ali tem comida. Eles são extremamente famintos e tem que trocar de isca o tempo todo, daí meu desgosto nesse tipo de pesca. Ter que pegar outro pedaço de bonito, um bom pedaço, mais ou menos 5 cm de peixe podre. Eu pegava um peixe atrás do outro, mas só o Jaguareçá, a Garoupa que é bom nada, tinha que trocar a isca de novo. Meu pai ficava olhando a minha incompetência, já imaginando que não teria muito futuro na pesca.
A melhor hora para essa pescaria é de madrugada, mais ou menos 06 da manhã. Estar acordado no mínimo ás 05 da manhã é coisa que nunca me agradou.
Quando dava 08 da manhã, eu já estava querendo ir embora e meu pai cada vez mais animado com a pescaria. Continuávamos ali, o barco balançando , o Jaguareça destroçando minha isca, eu mau humorado, tendo que mexer no bonito podre, cheio de sangue.
Meu pai pediu para eu pegar um bonito grande, cortar a cabeça para colocar no anzol. Não perdi a oportunidade de ficar calado e, perguntei: “ Pra que essa cabeça enorme no anzol?”. Meu pai nem respondeu, jogou o anzol na água com aquela enorme cabeça. Não deu mais que um minuto, vi uma puxada na linha e a cara de satisfação que só se vê nos grandes vencedores. Falou em voz alta pra eu pegar o bicheiro. É um arco de ferro em forma de anzol com aproximadamente um metro de comprimento e serve para tirar o peixe da água. E falou de novo.
Corri pra pegar a ferramenta e fiquei no aguardo.Vi aquela boca enorme aberta, de cor amarronzada. Uma bela Garoupa de uns 6 kg mais ou menos. Fisguei-a pela guelra e trouxe já com ajuda do meu pai para dentro. Ainda estava com a cabeça do bonito que jamais imaginaria que pudesse pegar alguma coisa.
Meu pai olhou- me satisfeito, deu a mais esperada ordem do dia: Puxe a ancora que o almoço já está garantido.Viemos embora. Eu no comando do barco e ele na proa, com o olhar e pose que so os grandes pescadores tem.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

FESTA DE SANTO ANTONIO DO SERTÃO DO PORUBA

A Comunidade do Sertão do Poruba realiza mais uma festa de Santo Antonio. No dia 13 comemora-se o dia de Santo Antonio, a festa realiza-se no sábado dia 14 de junho. Toda a comunidade está mobilizada para a realização da festa. Conta com as barracas de comidas típicas, quentão, vinho quente, cachorro quente e a tradicional fogueira que promete aquecer e iluminar a noite.
A comunidade do Sertão do Poruba é bastante conhecida por ser uma das poucas comunidades do litoral que ainda preserva a tradicional dança da Congada e Xiba.
A tradição da dança está sendo passada de geração para geração, hoje vemos vários jovens juntamente com seus pais ou avós na roda de dança.
Assim como na festa do Cambucá a comunidade da Almada estará na festa para prestigiar, com certeza todas as comunidades locais estarão presentes.
Vamos aguardar e torcer para que São Pedro esteja de bom humor. Pois o resto a comunidade faz.

FESTA JUNINA DO CAMBUCÁ

Aconteceu neste ultimo fim-de-semana, dia 08 de junho de 2008 a festa junina do Bairro do Cambucá. São Pedro, o Santo festeiro, colaborou e a noite estava linda, tirando
de casa todos os moradores dos bairros vizinhos.
Os organizadores ofereceram aos presentes muita animação com banda de forró, barracas de comidas típicas e jogos.
Comparado com os anos anteriores, houve um grande avanço na estrutura da festa, contando com cobertura para as barracas e para área de alimentação.
A festa que começou as 19 horas do sábado foi até a madrugada do domingo.
Era fácil perceber no olhar dos moradores da comunidade a satisfação em ter no seu bairro um grande numero de pessoas prestigiando a festa.
Parabéns a toda a organização, que além de trazer melhorias para a comunidade traz ainda alegria para a população, fomentando o convívio social.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

começamos hoje

Acaba de entra no ar um novo conceito em informação.
É com muita alegria que vamos dar vóz e cara para o norte de Ubatuba.
Festividades, denuncias, culturas, esportes e tradições serão tratadas de maneira simples e sinceras neste blog.