quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O PAGODE IMAGINÁRIO

Praia da Almada- verão de 2005
O Bar de Praia Almada, funciona somente até o anoitecer. Mas teve um dia que ficou aberto até a meia noite e com o som desligado para não atrapalhar a vizinhança. Não foi uma noite qualquer.
Sentado a mesa, de banho tomado, pronto para dormir e com as antenas ligadas, esta o meu amigo Célio de Campinas. No balcão, eu no lado de dentro e no lado de fora os personagem principais do pagode mais inusitado que já vi, Duke e Fabião.
Já cansados de tomar cervejas, pediram duas caipirinhas. Saí do balcão para preparar a mistura de limão, vodka, gelo e açúcar e, na volta, deparei-me com os dois cantando um samba do Zeca Pagodinho com cavaco e tamborim. Com um detalhe, os instrumentos eram imaginários.
A caipirinha sumiu em menos de cinco minutos. Ao contrario do pagode que aumentava de volume na garganta dos cantadores. Exigentes na afinação, a todo o momento parava-se a musica para acertar as notas e afinar o cavaco, que não fazia barulho nenhum, somente na cabeça dos artistas.
Num certo momento teve um desentendimento entre os cantadores. Duke disse que Fabião não estava sabendo tocar o cavaco. Foi nessa hora que Célio olhou para mim e disse: Fernando fecha que o cavaco esta desafinado.
Duke olhou pro Fabio sério e disse. Dá esse instrumento aqui e pega o meu! Fizeram a troca com todo cuidado para não cair. Mas não havia instrumento. Olhei pro Célio que antes de ir embora finalizou.
Boniiiiito!!!!!!!!!

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